“O mapa em que estão os meus pés” narra uma história de família do diretor e roteirista, ocorrida ainda quando criança entre Maceió e o litoral norte de Alagoas
Não é a primeira vez que Luciano Pedro Jr ganha destaque no Festival de Cinema de Gramado – um dos festivais mais respeitados da América Latina – tampouco entrevistado pela Revista Alagoana, numa matéria que você revisita aqui. Mas, neste ano foi diferente. O júri da crítica de melhor filme foi para uma produção que ele mesmo roteirizou e dirigiu e, não somente isso; a história é tão original quanto certos acontecimentos que só as nossas memórias guardam.
Em 2021, o filme Carro Rei, de Renata Pinheiro, que ele protagonizou ao lado de Matheus Nachtergaele, levou quatro prêmios, entre eles, o de melhor filme daquele ano, do Festival de Cinema de Gramado para a cidade pernambucana de Caruaru. Entretanto, agora em 2025, um feito inédito em dose dupla – primeiro filme de Luciano e primeiro filme alagoano a ganhar um kikito – põe Luciano Pedro Jr num lugar seleto do audiovisual brasileiro.
Estreado mundialmente nesta 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado, o curta-metragem rememora, livremente, um acontecimento do bisavô de Luciano, interpretado por Igor de Araújo, que ficou desaparecido por semanas e fez o trajeto, não se sabe como, de Maceió a Porto de Pedras, sua terra natal, até ser encontrado sem dar detalhes da façanha. O mistério, que teve um final feliz, povoou o pensamento do diretor por anos, até se tornar filme. Ainda não há datas de quando será exibido em cinemas de todo o Brasil.
A produção é assinada pela La Ursa Cinematográfica, em coprodução com a Fumaça Azul Neon, e contou com recursos do Prêmio Pedro da Rocha (Secult/AL), da Lei Paulo Gustavo e apoio das prefeituras de Barra de Santo Antônio e Porto de Pedras.