O Registro do Patrimônio Vivo (RPV) 2025, foi aberto pelo Governo de Alagoas nesta semana, as inscrições são para a iniciativa que reconhece mestres e mestras da cultura popular que preservam e transmitem os saberes tradicionais do estado. O processo seletivo vai até o dia 11 de julho e pode ser feito presencialmente ou pela internet, por eio do site do Cadastro Único da Cultura Alagoana (CUCA).

Para concorrer, o(a) candidato(a) precisa ser brasileiro(a), residir há pelo menos 20 anos em Alagoas e comprovar atuação contínua nas áreas da cultura popular durante esse período. Também é necessário ser reconhecido pela comunidade como detentor(a) e transmissor(a) de saberes tradicionais, como danças, folguedos, literatura oral e escrita, gastronomia, música, artes cênicas e artesanato.

As inscrições podem ser feitas:

Presencialmente, no setor de Protocolo da Secult, na Praça Marechal Floriano Peixoto, 517, Centro de Maceió, de segunda a quinta, das 9h às 16h, e nas sextas, das 9h às 14h;

Online, pelo site cuca.al.gov.br.

A documentação exigida inclui currículo ou portfólio, cópias de documentos pessoais, declarações de entidades culturais e dados bancários. Inscrições incompletas ou fora do prazo serão desconsideradas. O resultado final será divulgado em 12 de agosto de 2025.

Reconhecimento a quem preserva a cultura

Desde sua criação, o RPV já reconheceu dezenas de mestres e mestras de diferentes regiões do estado, cujas trajetórias são essenciais para a preservação do patrimônio imaterial alagoano. Entre eles, estão nomes como:

Mestre Irinéia – ceramista popular de União dos Palmares, símbolo da arte em barro no Brasil;

Mãe Míriam – liderança religiosa e mestra da cultura afro-brasileira em Maceió;

Mestre Nô – representante do folguedo Cambindas, de Porto de Pedras;

Dona Moça – artesã tradicional de Marechal Deodoro;

Mestra Bethânia – guardiã do grupo “Baianas”, de Coruripe;

Mestre Vavá – figura emblemática do Fandango do Pontal da Barra;

André da Marinheira – artesão de madeira em Boca da Mata;

Rubério de Oliveira Fontes, Sônia Maria de Lucena e Geraldo José da Silva – mestres de ofícios tradicionais e folguedos diversos.