O Governo de Alagoas entregou o diploma de Patrimônio Vivo do estado para os mestres Geraldo José da Silva, de 70 anos, Rubério de Oliveira Fontes, de 83, e Sônia de Maria Lucena, de 70 anos. Essa honraria tem o objetivo de preservar e garantir a continuidade da rica memória cultural e artística de Alagoas. Com esses novos reconhecidos, o número de artesãos destacados por suas contribuições culturais chegou a 40. A cerimônia aconteceu na terça-feira (17), no Palácio República dos Palmares.
Sônia Lucena, a famosa mestra do bordado de renda singeleza, conhecida como Soninha, expressou seu orgulho pelo título e sua
motivação para continuar promovendo a arte. Ela mencionou que já possui polos de singeleza em Paripueira e no Conjunto Denisson Menezes, e está planejando abrir um novo polo na Ilha da Croa, em Marechal Deodoro.
“Meu objetivo é transmitir e incentivar a arte para as novas gerações,” contou ela.
Para Geraldo José, mestre dos folguedos, a diplomação valoriza não apenas seu trabalho, mas também o esforço de todos os artesãos que promovem a cultura alagoana. “Estou muito emocionado e me sinto valorizado pelo Governo de Alagoas, que reconhece meus 55 anos dedicados à educação e à formação do cidadão através das tradições como o toré de índio, taieiras, coco de roda, maracatu, baiana e quilombos,” disse ele.
Rubério de Oliveira, conhecido por preservar a memória naval do baixo São Francisco, também se sentiu honrado com a homenagem.
“Eu esperava ser reconhecido e, neste dia, o Governo de Alagoas me concede essa honra, reconhecendo meu trabalho e talento. Sou o único que fabrica réplicas de São Francisco e da rede ferroviária,” contou ele.