Entre os grupos de Acesso, o Tigre foi o grande campeão. O segundo lugar ficou com o Boi Fênix e o terceiro lugar foi do Treme Terra. O Boi Fênix foi reconhecido com os prêmios de Melhor Vaqueiro, Melhor Evolução, Melhor Bateria e Melhor Entoada.
O rugido do Boi Tigre ecoou forte no Estacionamento de Jaraguá durante o 32º Festival Municipal de Bumba Meu Boi de Maceió. Com uma apresentação marcada pela emoção e pela força da cultura nordestina, o grupo foi consagrado campeão do Grupo de Acesso, levando para a arena uma história sobre a luta e a fé do povo sertanejo diante da seca.
Para Ewerton Santos, representante do Boi Tigre, o resultado foi a recompensa por meses de dedicação e resistência.
“Foi uma emoção indescritível! A gente lutou muito, ensaiou com garra, enfrentou dificuldades, e ouvir o nome do Boi Tigre como campeão foi a confirmação de que todo o esforço valeu a pena”, afirmou emocionado.

“Cada costura, cada passo, cada música tem a mão e o coração de muita gente. Essa vitória é do grupo, mas também de todos que acreditam e apoiam o Boi Tigre — é um símbolo de resistência e união”, destacou.
O espetáculo vencedor contou a história da luta do povo sertanejo diante da seca, um tema que tocou o público e os jurados. A ideia, explica Ewerton, nasceu do desejo de homenagear a força e a esperança do nordestino.
“Falar sobre o sertão e a seca é falar da nossa origem, da nossa verdade. Essa história emocionou o grupo e o público, porque é uma homenagem ao povo que transforma dor em poesia e luta em cultura”, contou.
Os bastidores, no entanto, não foram fáceis. O grupo enfrentou dificuldades financeiras e logísticas para colocar o espetáculo na arena.
“Ensaiar, confeccionar figurinos, montar cenário… tudo exige tempo, dedicação e recursos”, disse Ewerton. “Mas o amor pelo Bumba Meu Boi sempre falou mais alto. Cada integrante se doou ao máximo para que tudo acontecesse da melhor forma.”
Entre tantos momentos marcantes, um deles ficou gravado na memória do grupo: o instante em que todos se reuniram de mãos dadas antes da apresentação.
“A energia, a fé e o sentimento de união naquele instante mostravam que já éramos vencedores, independentemente do resultado”, relembrou.
Para Ewerton, o Festival Municipal de Bumba Meu Boi é essencial para que a tradição continue viva.
“É o espaço onde a nossa cultura respira, se renova e alcança novas gerações. Sem esse evento, muitos grupos não teriam como mostrar seu trabalho”, afirmou. “Ele mantém viva a chama do Bumba Meu Boi e reforça a identidade cultural da nossa cidade”
Ao falar sobre o que o público aprende com o Boi Tigre, Ewerton é direto:
“Pode aprender sobre resistência, fé e alegria. O Boi Tigre mostra que, mesmo nas dificuldades, o nordestino é um povo que sorri, que canta e que celebra suas raízes com orgulho.”
Entre os grupo de Acesso, o Tigre foi o grande campeão, apresentando uma história sobre a luta do povo sertanejo que enfrenta a seca com fé e perseverança. O segundo lugar ficou com o Boi Fênix, que homenageou o mestre da cultura popular alagoana, Chau do Pife, e o terceiro lugar foi do Treme Terra, que destacou a fé no Nordeste. O Boi Fênix ainda foi reconhecido com os prêmios de Melhor Vaqueiro, Melhor Evolução, Melhor Bateria e Melhor Entoada.
Após a vitória, o grupo segue celebrando, mas já com os olhos no futuro.
“O Boi Tigre é assim: vive intensamente a cada momento, mas já pensa em se superar”, disse. “Queremos levar um espetáculo ainda mais bonito e emocionante para arena em 2026”
Ewerton também deixou uma mensagem para as novas gerações que estão conhecendo o Bumba Meu Boi agora:
“Que nunca deixem a cultura morrer. Que continuem valorizando o que é nosso, participando, aprendendo e levando adiante essa tradição tão rica. O Boi é alegria, é arte, é união — e precisa de gente nova pra continuar rugindo forte”
