Show gratuito acontece no dia 8 de maio, em Maceió, e reúne ritmos tradicionais do Nordeste com releituras e homenagens a mestres da música popular
A artista Gabriela CravíCanela apresenta nesta quinta-feira (8), às 17h30, no Mercado das Artes, em Jaraguá (Maceió), o projeto “Mangangá”, um show que reúne ritmos do coco, forró, baião e os cantos das destaladeiras de fumo de Arapiraca. A entrada é gratuita.
O nome Mangangá faz referência a elementos naturais de Alagoas.
“É uma menção ao besouro mangangá e à lagoa Mangangava. Representa coisas alagoanas para mim. Surgiu do entendimento de que a nossa alagoanidade deve ser cantada, contada e exaltada”, explica Gabriela.
Ela afirma que o repertório do show foi construído a partir da sua relação com ritmos tradicionais desde a infância.
“Tenho uma ligação com o coco e o forró desde pequena, o que muitas pessoas também vivenciam. As destaladeiras de fumo de Arapiraca são uma grande referência artística, estética e musical”, completa.
Gabriela se apresenta ao lado de outras mulheres musicistas
“Admiro e acompanho os trabalhos de Jéssica da Rabeca e de Gabriela Calixto. Existe respeito e carinho entre nós, o que tornou essa junção possível”, comenta.
O espetáculo também homenageia artistas como Glorinha Gadelha, Sivuca, Nelson Rosa de Arapiraca, Dominguinhos e Clara Nunes. Além disso, inclui releituras de músicas conhecidas da cultura nordestina.
“Queremos que as novas gerações conheçam a história da nossa música e deem continuidade a esse fio da meada da cultura alagoana”, afirma.
Segundo a artista, a resistência cultural se expressa nas músicas e na forma como o público se conecta com as apresentações.
“Ela está nas letras, nos instrumentos, na minha voz. É comum que nosso trabalho seja mais valorizado fora do Brasil do que aqui. Isso também acontece com a cultura alagoana”, avalia.
Sobre o que o público pode esperar, Gabriela resume: “Será uma apresentação com músicas dançantes, cumplicidade entre a equipe e vontade de entregar o nosso melhor”.
O projeto é viabilizado por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), com recursos do Governo Federal e execução da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult). O objetivo é valorizar a produção cultural local e ampliar o acesso da população a apresentações artísticas.