O trabalho venceu em primeiro lugar na Categoria Universitária do 1° Prêmio IMA de Jornalismo Ambiental

As estudantes de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Jhessyka Fernandes, Laura Nascimento e Maryana Carvalho – estagiária da Revista Alagoana – conquistaram o primeiro lugar na categoria Universitária do 1º Prêmio de Jornalismo Ambiental, promovido pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL).
O trabalho vencedor é uma videorreportagem sobre moda sustentável, que discute os impactos da indústria têxtil e a presença de microplásticos no cotidiano. A produção alerta para como a escolha de determinados tecidos e os hábitos de consumo agravam a poluição ambiental.
Da sala de aula para a premiação
As três são parceiras de longa data. As amigas estudam juntas há quatro anos, desde o início da graduação. A ideia do projeto surgiu em uma das aulas da disciplina de Laboratório de Telejornalismo, unindo os interesses pessoais de cada uma.
“Nós entramos na disciplina e já tínhamos ideia de que queríamos fazer o trabalho juntas. Quando escolhemos o tema sobre moda sustentável e microplásticos, foi pensando em algo que agradasse a todas: a Jhess queria falar sobre algo ambiental, e eu e a Lauris, sobre moda”, conta Maryana.
A decisão de inscrever o trabalho no prêmio aconteceu durante o processo de apuração. Inicialmente, elas pensavam em criar projetos individuais para o edital do IMA. A virada de chave aconteceu ainda em sala de aula, durante uma orientação de pauta com a professora Laís. Em meio à discussão do projeto, Jhessyka sugeriu inscrever o material na premiação do IMA. A ideia foi aceita de imediato, dando início a uma corrida contra o relógio para produzir a reportagem a tempo de cumprir, simultaneamente, o prazo acadêmico e as exigências do edital.
“Eu fiquei muito feliz de ter ganhado com elas. A gente tá nessa batalha desde o primeiro período! Foi tudo muito suado, sabe? Aquela coisa de não ter o equipamento certo, do tempo estar estourando, e a gente ali, insistindo, fazendo o impossível acontecer… Destaco não apenas Jhess e Lauris, mas também Sinara Beserra, que mesmo não assinando a matéria, também esteve com a gente desde o inicio, torcendo e nos ajudando no que podia”, pontua a estudante.

A importância do prêmio para o jornalismo e o meio ambiente
Para Laura Nascimento, o prêmio cumpre uma função importante: romper a bolha acadêmica. “Acho que o mais importante desse reconhecimento é a amplificação do tema. Os microplásticos têm sim ganhado certa repercussão, mas ainda é algo que está muito voltado à pesquisa; O conhecimento popular sobre o assunto ainda é limitado, e falar sobre isso no campo da moda é, ao meu ver, muito relevante. Para mim, como estudante de jornalismo, esse prêmio foi um incentivo a continuar pesquisando sobre temas atuais”, reflete a futura jornalista.
Já para Jhessyka Fernandes, que pretende seguir carreira na cobertura de meio ambiente, a premiação representa um avanço para a valorização do tema em Alagoas.
“Como grande interessada no jornalismo ambiental, acho que esse prêmio é um grande passo no incentivo aos estudantes e profissionais que querem focar nessa área. É imprescindível que a profissão seja valorizada através de iniciativas éticas, principalmente no cenário atual de desinformação climática”, afirma.
Ela reforça ainda o papel social da profissão: “O jornalismo tem uma atuação fundamental vinculada à luta por um futuro melhor. Ações como o prêmio do IMA podem proporcionar à sociedade um melhor caminho em busca da justiça climática”.
Em nota, a Revista Alagoana “parabeniza às estudantes, especialmente à nossa estagiária Maryana Carvalho, que, com esta conquista, demonstram a qualidade no presente e ao futuro do ecossistema de jornalismo no estado de Alagoas. Além disso, também estende os parabéns aos demais estudantes e profissionais da comunicação vencedores, pois falar sobre o meio ambiente também é um compromisso do jornalismo”.