Organização é a primeira de Alagoas a chegar na final da premiação organizada pela Folha de São Paulo
O Prêmio Empreendedor Social, realizado pela Folha de São Paulo em parceria com a Fundação Schwab, chega à sua 21a edição reconhecendo soluções inovadoras que tornam cidades e o planeta mais resilientes diante das mudanças
climáticas. Este ano, a premiação ganha ainda mais relevância por estar alinhada à COP30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, que será realizada pela primeira vez no Brasil, em novembro, na cidade de Belém (PA).
Entre as seis iniciativas finalistas está o Instituto Mandaver, que concorre na categoria Soluções que Inspiram. É a primeira vez que uma organização de Alagoas chega à final do prêmio, um marco histórico para o estado e para o
bairro do Vergel do Lago, em Maceió, onde o instituto nasceu e atua. O Instituto Mandaver idealizou o Banco Laguna, primeiro banco comunitário de Maceió, fundado e dirigido por Lisania Pereira – presidente do Instituto e
idealizadora tanto do Banco quanto da moeda social Sururote. Desde 2020 à frente da organização, Lisania é referência no empreendedorismo social e na inovação comunitária.
“O banco tem o intuito de trabalhar não apenas a geração de renda e o desenvolvimento territorial, mas também a oportunidade, ao esporte, à cultura, de centenas de crianças que são atendidas pelo Instituto e que já passaram por
nosso ecossistema”, afirma Lisania Pereira.
Sururote e Sururu Cash: moeda que transforma a comunidade
O Sururote é uma moeda social local, criada e utilizada na comunidade do Vergel do Lago, em Maceió, para fortalecer a economia do bairro e impulsionar a transformação social. Ele funciona por meio do Banco Laguna, que oferece crédito em Sururotes às marisqueiras em troca das cascas do sururu. Além disso, surgiu o Sururu Cash, um serviço que permite aos moradores do Vergel, principalmente marisqueiras, pagarem suas contas com a moeda social. O modelo transforma as cascas de sururu em poder de compra, equivalentes a R$1, aceitos em cerca de 50 estabelecimentos locais. Essa prática amplia a renda das famílias, fortalece o comércio e dá protagonismo às mulheres da comunidade.
Impacto socioambiental
Um dos principais diferenciais do Instituto Mandaver na premiação está na sua atuação que une impacto socioeconômico e ambiental. A moeda social não apenas gera renda, mas também reduz o descarte irregular das cascas de sururu, um problema ambiental crônico da região.
Como destacou a Folha de São Paulo na matéria de divugação dos finalistas: “ONG cria soluções para preservação de manguezais, que incluem capacitação profissional, geração de renda e microcrédito para moradores de Vergel do Lago, em Maceió, além de enfrentar o descarte irregular de cascas de sururu transformando-as em moeda social.”
Próximos passos do prêmio
Os vencedores serão anunciados no dia 30 de setembro de 2025, em São Paulo, tanto na escolha do júri quanto na categoria popular, que reconhecerá as iniciativas que mobilizarem mais recursos via a plataforma MobilizAção.
A plataforma já está aberta para receber doações às causas finalistas desta edição, oferecendo ao público a oportunidade de apoiar diretamente projetos que estão mudando realidades e enfrentando a crise climática.
Para mais informações e acompanhar a campanha da prêmiação, siga o Instituto Mandaver (@mandaverorg) e o Banco Laguna (@bancolaguna) nas redes sociais. As doações são no valor mínimo de R$ 5,00 e para fazer uma doação é só acessar o link: https://empreendedorsocial2025.folha.com.br/.