Saiba quem são os agentes territoriais de cultura do MinC em atuação em Alagoas

Onze agentes selecionados já estão em atividade com o mapeamento territorial de cultura do estado; conheça-os e participe

 

A cultura alagoana ganha mais uma importante instituição na articulação das políticas públicas de cultura, direcionada para as microrregiões do Estado. Já está em vigor o projeto de extensão vinculado ao Programa Nacional dos Comitês de Cultura e com gestão repassada ao Instituto Federal do Rio Grande do Norte, na Região Nordeste, que selecionou, somente em Alagoas, por meio de edital publicado no ano passado, 11 Agentes Territoriais de Cultura divididos por regiões imediatas definidas pelo IBGE. Você só não pode, como deve entender as atribuições deles para fortalecer o ecossistema cultural no estado.

No começo deste ano, a Revista Alagoana visando ampliar o jornalismo comunitário que exercemos, tivemos em articulação com o programa, aqui no estado, para podermos chegar a mais pessoas da cultura alagoana, em suas variadas expressões artísticas. Assim, cumprindo com a nossa missão e valores que você confere aqui, ao tempo que prestamos nossa contribuição ao programa, a exemplo, quando participamos da atividade Círculos de Cultura, com o tema “Comunicação digital e estratégias de marketing dos ATCs nas redes sociais”, num processo formativo muito bacana e que deve se estender para outras ações em parceria.

Mas, quem são os Agentes Territoriais de Cultura e por que são importantes?

Eles são bolsistas do programa mencionado acima, rigorosamente selecionados por edital, pertencentes aos territórios nos quais eles indicam na inscrição, com conhecimento sobre as dinâmicas culturais e territoriais de suas comunidades. Uma vez selecionados, estão passando por formação continuada e terão que desenvolver ações culturais dentro de seus respectivos territórios e campos de atuações. O perfil desses agentes é diverso tal como a bagagem artístico-cultural que carregam. Cada agente é responsável por uma região imediata de Alagoas e, para isso, precisam habitar e atuar no respectivo território.

Por entender que esta política pública e seus agentes envolvidos podem ser úteis à população artística alagoana, com poder de capilarização das ações culturais, com respaldo do Ministério da Cultura, a Revista Alagoana quer apresentar quem são esses Agentes Territoriais de Cultura em Alagoas, onde estão e como você pode contribuir e se beneficiar com o trabalho deles. Alguns rostos podem ser familiares para você, pois somos um estado pequeno, mas com uma variedade de protagonistas e suas demandas para a cultura. Confira:

MARINA MILITO

Coordenadora Estadual

Atriz-bailarina, pesquisadora e professora de Artes do IFAL, atualmente Coordenadora de Extensão e Estágio do Campus São Miguel dos Campos. Doutora em Arquitetura e Urbanismo – FAU/UFAL (Bolsista CAPES). Integrante do Grupo de Pesquisa em Educação, Sociedade, Trabalho e Tecnologia – GPESTT (IFAL) e do Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem (FAU/UFAL), investiga a relação entre arte, cidade e modos de habitar. Mestra e Bacharel em Artes Cênicas pela UNICAMP, tendo o Tanztheater como linha de pesquisa e Licenciada em Artes Visuais. Trabalha desde 2008 como professora, ministrando aulas de teatro, dança, dança-teatro e capoeira. Foi professora substituta do Curso de Licenciatura em Dança da UFAL, do Curso Técnico de Arte Dramática do Conservatório Carlos Gomes (Campinas–SP) e professora da disciplina Pedagogia da Dança na especialização em Teatro, Dança e Produção Cultural da USC (Bauru-SP). Desde 2006 participa de espetáculos de teatro, dança, música e dança-teatro como intérprete, diretora e produtora, no Brasil e no exterior. Desde 2021 desenvolve projetos de ensino, pesquisa e extensão no campo do audiovisual sobre patrimônio cultural.

 

TAMARA CAETANO

Professora-tutora do programa

Pesquisadora negra, candomblecista, consultora e produtora cultural. Bacharela em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Alagoas (ICS/UFAL), mestranda em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFAL) e Pós-graduanda em Relações Étnico-Raciais e Educação (REREd-CEFET/RJ). Pesquisadora do Laboratório da Cidade e do Contemporâneo (LACC-PPGAS/UFAL) e do Laboratório Antropologia Visual(AVAL/UFAL). Atualmente  Professora-tutora da pesquisa-ação “Projeto Agentes Territoriais de Cultura”, desenvolvo pesquisa nas seguintes áreas: Antropologia dos Museus, Antropologia Audiovisual, Acervo Fotográfico, Culturas Afro-diásporicas, Educação patrimonial, Memória negra, Patrimônio cultural, Decolonialidade patrimoniais, Direitos Humanos, Relações Étnico-Raciais e Educação. E-mail: W.caetano@ics.ufal.br Redes sociais: @caetanice_

 

DANIEL HENRIQUE SANTOS

Região Imediata: Se você é de São Miguel Dos Campos e região, participe do mapeamento.

Quilombola, nascido em São Miguel dos Campos, formado em Especialização Front-End através da Escola de Tecnologia Alura, em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia de Alagoas, e Diretor do Projeto: Rap Cultural BR. Contemplado em duas premiações estaduais através da Lei Paulo Gustavo em 2023, sendo elas Prêmio Zumbi Dos Palmares para a Cultura Afro-Brasileira  e Prêmio Ator Denilson Leite.

 

 

SUELLEN KETELLEN

Região Imediata: Se você é de Arapiraca e região, participe do mapeamento.

Produtora cultural, pesquisadora, escritora e mediadora literária, com dedicação à valorização da cultura, história e representatividade. Atualmente, mestranda em Administração Pública pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Integro o Núcleo de Diversidade, Gênero e Sexualidade (NUGEDIS) do Instituto Federal de Alagoas e participo de coletivos culturais como o Leia Mulheres Arapiraca e o Rolê das Pretas, onde atuo na promoção da literatura, das artes e da cultura negra, com ênfase nas questões de gênero e raça. Coordenei diversos projetos culturais e sociais, entre eles: I Festival AfroFeminino (2024), II e III Festival Arte e Mulheridades (2023, 2024), Mesa Redonda sobre Literaturas Negras (2024), projeto Mulheres Negras na História: A Busca pela Memória Perdida (2024) e a Oficina de Escrita Criativa (2023). Em 2023, recebi o prêmio “Mulher Raiz”, concedido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Arapiraca, em reconhecimento ao impacto positivo de minhas ações culturais e sociais na comunidade.

 

PATRÍCIA MENDONÇA

Região Imediata: Se você é de Pão de Açúcar e região, participe do mapeamento.

Produtora e comunicadora social, atuo no espaço cultural Cabra na Ilha do Ferro, território onde tenho vivenciado manifestações populares, trocado com a comunidade e realizado projetos audiovisuais. Na Cabra, em suas residências, oficinas, exposições e festejos multiculturais, apresentamos novas técnicas e suportes artísticos para experimentações por crianças e artesãos do povoado. Apoiando e propagando iniciativas de caráter preservacionista do meio ambiente e patrimônio material e imaterial da comunidade.

 

SARA DE OLIVEIRA

Região Imediata: Se você é de Maceió e região, participe do mapeamento 

Professora licenciada em Dança pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Minha pesquisa acadêmica estabelece um diálogo profundo com temas como dança, gênero e identidade étnico-racial, com especial atenção à Comunidade Ballroom em Alagoas. No âmbito de minha pesquisa, participei do Inventário do Patrimônio Cultural Imaterial (2024), em parceria com a FUNDEPES, documentando os bairros de Bebedouro, Mutange, Bom Parto, Farol e Pinheiro, em Maceió/AL, afetados pelas desapropriações causadas pela mineração da empresa Braskem. Além da atuação acadêmica, sou dançarina em escolas livres de dança e educadora social, com foco especial no letramento de gênero e raça em comunidades de Maceió. Atualmente, integra os projetos Defesa Pessoal para Mulheres e LGBTQIAPN+ (2023) e Raízes Criativas (2023) e atua como Agente Territorial de Cultura. Desde 2019, sou reconhecida como Mother (Mãe) da pioneira Kiki House de Alagoas. Em 2021, tornei-me a primeira Estrela de Alagoas na cena da Cultura Ballroom, destacando-me como a primeira representante do Norte e Nordeste nesse contexto.

 

AYÒ RIBEIRO

Região Imediata: Se você é de Maceió e região, participe do mapeamento ou deste aqui.

 

Pessoa negre trans não binárie (pronomes são elu/delu), gorde e candomblecista Omó Osùn. Atroz, performer, Produtore Cultural e Pesquisadore. Sou graduade em Teatro – UFAL e pós-graduande em História de Alagoas – IFAL. Venho desenvolvendo trabalhos voltados para corpes trans, negres e povos de terreiro. Fui realizadore e performer no curta-metragem “Mulher Pandêmica”, destacado na Mostra Sururu de Cinema Alagoano 2020. Estreei a videoperformance ESTRANHE, em codireção com Alvandy Frazão, na programação do FESTAL 2021, a qual foi selecionada para a Mostra Sesc Cinema Alagoana em 2023. Ainda em 2021, como intérprete-criadore da intervenção urbana Dança Presente, fui contemplade pela Lei Aldir Blanc, no mesmo ano participei do elenco do álbum visual Amor Preto Cura, da cantora Mary Alves. Em 2023, integrei o elenco de “Susanna e os Velhos” de Bruca Teixeira. Em 2024 participei da direção de arte e elenco no filme “Onilé: Terra Ancestral” realizado pela Panan Filmes. Atualmente estou participando do II Ateliê de Cinema Xicas Manicongo realizado pela Maremoto Filmes.

 

RAFAELA COSTA

Região Imediata: Se é você é Palmeira dos Índios e região, participe do mapeamento.

Natural de Palmeira dos Índios – AL, é profissional de Marketing e Comunicóloga habilitada em Publicidade e Propaganda (PP) pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ao longo desses quase 10 últimos anos, venho consolidando junto a demais fazedores de cultura, o multicultural Festival Alambucano em Palmeira dos Índios. Para além disso, fui conselheira municipal de política cultural, representando o setor Livro, Leitura e Literatura. Atualmente também canto, toco e sou articuladora no Maracatu Baque Novaurora.

 

CAIO PRAÇAS

Região Imediata: Se você é de Delmiro Gouveia e região, participe do mapeamento.

Músico, produtor cultural e realizador audiovisual de Delmiro Gouveia – Alto Sertão de Alagoas. Atuo na música e na produção cultural há mais de 10 anos e no audiovisual há 05. Fiz diversos eventos multiculturais; diversas articulações políticas de cultura; dois álbuns lançados; vários clipes roteirizados; diversos festivais nacionais e estaduais como, por exemplo, o Festival FORMEMUS e o FestClip e a Mostra Sururu de Cinema Alagoano, onde fui finalista de melhor clipe por 04 vezes consecutivas. Atualmente, minha articulação cultural visa colocar as manifestações culturais do Alto Sertão dentro do radar estadual de cultura através de intercâmbios entre pessoas e instituições. Também viso desenvolver as potencialidades culturais da minha cidade através de diversos processos formativos e de autodesenvolvimento artístico para os realizadores culturais da cidade junto ao Circo de Saberes Joval Rios.

 

VITÓRIA DE ALENCAR

Região Imediata: Se você é de Piranhas e região, participe do mapeamento.

Artista visual, fotógrafa e realizadora audiovisual. Graduada em Jornalismo pela Ufal, pesquisa Fotografia Familiar e Íntima e integra grupos de estudos sobre imagem e feminismo. No audiovisual, dirigiu e roteirizou o documentário Ficou no Caminho (2025) e co-roteirizou Estação Aquarius (2019). É membro da Academia Piranhense de Letras e Artes, em Piranhas/AL. Vitória também é co-fundadora do Punho Coletivo, iniciativa voltada para criar, organizar e fortalecer uma rede de mulheres trabalhadoras da Imagem em Alagoas, desenvolvendo projetos de exibição e formação, como o Punho Cineclube e a oficina Mulheres, câmera, ação.

 

MANOEL LINO

Região Imediata: Se vocé é de São Luís do Quitunde e região, participe do mapeamento.

Graduando em Teatro Licenciatura pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL (2020), membro do Grupo de Pesquisa e Estudo das Expressões Dramáticas (Neeped) e da pesquisa em máscaras e caretas alagoanas, pelo grupo Brincatuar. É produtor audiovisual, com participação no Curta Angustura (2024) e no documentário Cartas à Tia Marcelina (2024). Participou como artista-pesquisador e intérprete em teatro e danças populares da América Latina, na pesquisa ação do edital vivências artísticas, pelo projeto: Estação Latino americana: artes integradas da américa latina (2022-2023) e do Filosofia Solidária (2024) pelo grupo de extensão e pesquisa Filomove. Também foi pesquisador no PIBIC Conhecendo os Artistas Cênicos da Região Norte (2018-2019) pelo IFAL Campus Maragogi. Através de lá, adquiriu suas primeiras experiência com produção, direção e atuação de peças teatrais. Atuou em Teatro de Rua no Programa de Extensão “Cruzeiro do Norte ArtIfal” pelo Instituto Federal de Alagoas – IFAL (2015-2018).

 

HÉLLEN KAROLINE

Região Imediata: Se você de Porto Real do Colégio e região, participe do mapeamento ou deste aqui.

Cria ribeirinha do rio Opará, cristã, multiartista nascida e criada em Alagoas, produtora cultural, comunicadora social e educadora popular. Ando com as artes desde criança e foi com a literatura que a minha sensibilidade foi aflorada despertando curiosidade por outras linguagens. Fui em busca delas e cursei Teatro na Universidade Federal de Sergipe, atuei como atriz e produtora na SMTT/SE e professora em escola pública pelo PIBID/UFS – Programa de Iniciação à docência. Curso Cinema e Audiovisual pela mesma Universidade, já atuei em assistência de direção de arte no curta-metragem Imã de Geladeira (2021), exibido dentro e fora do Brasil em diversos festivais como Mostra Quilombo de Cinema Negro e Indígena (AL), 38º Chicago Latino Film Festival (EUA, Chicago) entre outros. Trabalhei como assistente de produção na 1º Mostra CRIAS – Cine de Rua Infantil de Sergipe e atuei como produtora e figurinista no espetáculo “A Boneca Cícera: pernas dançantes e outras brincadeiras” (SE). Realizei Oficina de Fotografia no projeto “Photovoice: Expressando nossa experiência individual e coletiva através da fotografia” na Aldeia Kariri – Xocó – Espaço Swbatkerá. E atualmente, disponibilizo mentoria de projetos e coordeno o Grupo da Cultura (desde 2023), canal de comunicação online de artistas e produtores culturais do município e a página no Instagram @aculturaedagente. Também realizo mapeamento de artistas e produtores culturais nos municípios de Penedo, Igreja nova, Feliz Deserto, Piaçabuçu, Porto Real do Colégio, São Brás e Coruripe, bem como artesãos indígenas em territórios demarcados e urbanos.

 

LÍVIA TAVARES

Região Imediata: Se você é de Carneiros e região, participe do mapeamento.

Cristã, cidadã do município de Carneiros-AL e universitária em licenciatura em História, tendo as artes Cênicas como manifestações culturais que fazem parte da minha história. Sou atuante em produções de teatros sacros e de outros nichos, sou quadrilheira, fui uma das fundadoras do grupo de Xaxado Coração Nordestino, atuei em Pastoril e na Banda de Fanfarra Agenor Rodrigues dos Anjos, fiz apresentações voltadas a pautas sociais e sou uma fazedora de cultura que admira a diversidade artística no cenário único das identidades culturais. Com experiência cultural sendo coreógrafa e autora de espetáculos de teatro, desejo compreender as necessidades da minha região.

 

 

 

 

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