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Surrealismo: Iel Ferreira transforma dor em beleza através da pintura

 

Texto de Ylailla Moraes – Colaboradora | Revisão: Gabriely Castelo

Iel Ferreira, uma jovem artista plástica alagoana de 22 anos, converte suas dores em beleza através da arte. Em suas pinturas, que exibem traços fortes e únicos, ela explora temas como sofrimento, a beleza do mundo, a vida e as relações humanas.

A artista acredita que “a arte é uma forma de ver o mundo”, uma expressão pessoal que surge da necessidade. Em cada uma de suas obras, ela aborda problemas sociais e sentimentais, tanto individuais quanto coletivos, integrando elementos da natureza e de horror.

Sua jornada artística começou em 7 de abril de 2018, uma semana após seu aniversário, em um momento crítico de sua vida. “Estava prestes a tentar o suicídio, mas pensei em buscar a arte como forma de terapia, e funcionou por um bom tempo”, relata.

Inicialmente, suas obras refletiam apenas dor, especialmente nas interações humanas. Com o tempo, Iel incorporou outros conceitos, como a beleza da vida, do mundo e das pessoas. Atualmente, sua obra favorita é “1063° C”, que aborda o desconforto da sociedade capitalista e seus impactos destrutivos.

As suas inspirações no início de sua carreira incluíam Myriam Tillson, uma artista surrealista francesa, e Francisco de Goya, um pintor espanhol do período Romântico e do Rococó. Hoje, suas influências incluem Zdzisław Beksiński, conhecido por suas cenas distópicas surrealistas, e o mangaká Junji Ito, célebre por criar terror a partir de elementos mundanos.

O seu processo criativo é guiado pela observação das relações humanas, buscando provocar um desconforto visual em suas obras. Ela acredita que essa abordagem pode gerar sentimentos únicos em cada espectador.

Iel participou de várias exposições desde o ensino médio, com destaque para sua presença na Bienal de 2023, na criação da identidade visual da Mostra Sururu e em um evento da Modus.

Atualmente, está envolvida em novos projetos, incluindo duas exposições. Uma delas é no bar Gira Mundo, no tradicional bairro de Jaraguá, parte baixa da capital alagoana. Além de também ter uma exibição no estúdio de tatuagem Tatu.

Estudante de Design na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Iel afirma que os conhecimentos adquiridos no curso influenciam a composição de seus quadros, ajudando-a a analisar melhor a qualidade de seus conceitos.

Divulgando seu trabalho no Instagram (@arte.iel), Iel pretende investir mais na presença digital para conseguir mais trabalhos e viver de sua arte.

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