Três festivais gratuitos de curtas-metragens movimentam Alagoas entre julho e novembro, promovendo a produção independente, a cultura negra e indígena, e temas sociais e educativos
Texto: Esmeralda Donato | Edição: Gabriely Castelo
O cenário audiovisual em Alagoas ganha força com a realização de três mostras que celebram a diversidade e a potência do cinema nacional. Voltados à exibição de curtas-metragens, os eventos têm inscrições gratuitas e contemplam obras de ficção, documentário, animação e experimental. Com temáticas que vão da infância à luta da juventude negra e dos povos indígenas, os festivais apostam no cinema como ferramenta de memória, transformação social e fortalecimento da identidade cultural.
O primeiro da agenda é o CineConexões – “Alagoas, Direitos e Juventude Negra”, que acontece de 13 a 27 de julho no Cineteatro Homerinho, em Maceió. A mostra vai selecionar 16 curtas-metragens de até 20 minutos, com foco em obras que abordem os direitos humanos, a cultura negra e a identidade alagoana. As inscrições estão abertas até 20 de junho e podem ser feitas por meio do formulário disponível no Instagram do Theatro Homerinho
Na sequência, de 19 a 23 de agosto, o Centro Cultural Arte Pajuçara sedia a “VI Mostra Quilombo de Cinema Negro e Indígena”, realizada pelo Mirante Cineclube. A mostra está recebendo curtas e médias-metragens de até 30 minutos, dirigidos por cineastas negros e indígenas de todo o Brasil. Podem ser inscritas produções de qualquer gênero — ficção, documentário, animação ou experimental — até o dia 30 de maio, pelo perfil @mirante_cineclube, no Instagram.
Fechando o ciclo, o tradicional Circuito Penedo de Cinema chega à sua 15ª edição entre 10 e 16 de novembro, na histórica cidade de Penedo, às margens do Rio São Francisco. O festival reúne curtas produzidos a partir de 2024, com duração máxima de 25 minutos, nas mostras competitivas e na Mostra de Cinema Infantil (não competitiva). As inscrições vão até 4 de julho, pela plataforma FilmFreeway. A edição especial de aniversário vai traz uma programação repleta, com exibições, atividades formativas e encontros entre realizadores e o público.
Com diferentes propostas e linguagens, os três festivais reafirmam o compromisso de Alagoas com a democratização do audiovisual, o protagonismo de narrativas periféricas e o incentivo à produção independente. Mais do que palcos para novos olhares, os eventos consolidam o estado como território para a criação, resistência e pertencimento no cinema brasileiro.