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Jota Duka: O Jovem Comediante da Pitanguinha

Texto de YIailla Moraes – Colaboradora | Revisão: Gabriely Castelo

Diretamente do bairro da Pitanguinha, o jovem comediante Jota Duka, nome artístico de João Paulo, leva aos palcos humor e um visual único desde os 16 anos. Ele é um comediante emergente, hoje com 19 anos, na cena do stand-up comedy de Alagoas. Conhecido por suas calças xadrez, ele revela que o humor sempre foi parte de sua vida.

“Sempre fui o palhaço da sala, sempre gostei de fazer as pessoas rirem”, diz ele.

Desde criança, João Paulo teve uma conexão especial com a comédia.

“Minha avó comprava muitos DVDs, e um dia ela trouxe ‘Cinderela e o Trapalhão’, dos Trapalhões. Eu assisti e fiquei vidrado. Comprei todos os filmes deles e soube que era isso que eu queria fazer”, relembra.

Aos 6 anos, inspirado por um DVD do humorista Zé Lezin, ele começou a se apresentar em festas de família com piadas que sabia de cor, incentivado principalmente por seu avô.

Sobre suas referências, ele fala dos Trapalhões e Zé Lezin, se inspira em grandes nomes da comédia nacional como Chico Anysio e Costinha, e entre os contemporâneos, admira Danilo Gentili e Thiago Santinelli. “Admiro a inteligência deles para escrever”, diz ele.

Seu processo criativo envolve observação minuciosa do cotidiano e momentos de escrita planejada.

“Às vezes, estou conversando e algo surge como uma piada. Paro e anoto no celular. Outras vezes, tiro um tempo específico só para escrever”, explica.

Duka fez seu primeiro show aos 16 anos, durante a pandemia de COVID-19.

“Eu vendia suspiros e, um dia, vi um stand-up acontecendo. Perguntei se poderia participar e, com a autorização dos meus pais, comecei”, conta ele.

Mas você deve estar se perguntando, por que Duka? Ele conta é uma pergunta comum.

“Duka é o sobrenome do meu avô de consideração, que sempre me ajudou na vida. Em homenagem a ele, escolhi o nome Jota Duka — ‘J’ de João, meu nome, e ‘Duka’ do meu avô José Duka Filho, só que mudei o ‘C’ para ‘K'”, explica ele.

A carreira de artistas independentes é desafiadora. Duka compartilha situações complicadas, como problemas técnicos ou plateias pequenas.

“Era final de feriado, casa quase vazia. Mas fiz o show para as poucas pessoas presentes. Pode ter uma pessoa na plateia, eu vou fazer”, relembra.

Sobre os preparativos antes de cada show, ele prefere uma abordagem mais improvisada e natural. “Eu escrevo as piadas, subo no palco e confio na minha memória. Não fico revisando ou lendo no dia do show. Gosto de deixar fluir”

Sua primeira grande participação em um teatro foi marcante.

“Um dos melhores shows que fiz”. Ele compara a experiência de se apresentar no teatro com shows em bares. “No teatro, as pessoas vão para ver o show, prestam atenção. Já no bar, sempre tem alguma distração”, comenta ele.

A oportunidade de abrir o show do comediante recifense Flávio Andrade foi um sonho realizado.

“Eu lutei desde 2022 para abrir um show grande em Maceió. Fiquei tão nervoso que tremi, algo que nunca aconteceu antes,” confessa Duka, agradecido pela oportunidade.

O apoio de outros comediantes, como Pedro Leão (Pedro Ovelha-Roxa), foi fundamental.

“Pedro foi um dos que realmente acreditaram em mim”, destaca João.

Duka quer continuar no ramo e ganhar reconhecimento.

“Se você ver um cara de calça xadrez e All Star, sou eu”, finaliza Duka, rindo.

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